Cedo e Sentando 29/03

“A noite que nunca termina”
cobertura por Coletivo Ounão/Escobar Franelas | fotos por Camila Cortielha e Rafael Rolim 
Chego meio atabalhoado ao Studio SP, na Augusta. Tinha corrido meio mundo na Sampalândia, saído de Itaquera à tarde, voado pra Alphaville, e agora, mais de dez da noite, enfim iria botar os ossos pra sacolejar em mais uma noite do projeto Cedo e Sentado, parceria do do Studio com a Casa Fora do Eixo.
Que o patrão não me leia, mas cheguei atrasado, pra variar. A Regina me esperando em frente. Caímos pra dentro. No palco, a banda Bicicletas de Atalaia (Sergipe), incendiava o público com sua música alucinante. Bruno Mattos, nos vocais e violão, Ylia Amarante no baixo, Léo Mattos (irmão do vocalista), na bateria, Renan Cacossi, no sax e flauta, e Kaneo Ramos na guitarra, mandaram ver com um hard rock blueseiro com pitadas de black music, e a galera, que encheu a pista, dançou, pulou e cansou à vontade. Com as participações especialíssimas de Luiz Lazzaroto (Vanguarts), nos teclados e Vinícius Junqueira (Mutantes), rolou mais adrenalina, às vezes com pitadas viajandonas que se aproximavam sinuosamente de uma new age psicodélica.
Quem tomou o palco de assalto depois foi o Apanhador Só (Rio Grande do Sul), que confirmou uma tese que percebi na outra terça: o segundo grupo a se apresentar sempre é “a banda” de rock por excelência. Praticantes de um som honesto e direto, Alexandre Kumpinski (voz e guitarra), Felipe Zancanaro (guitarra), Fernão Agra (baixo), e Martin Estevez (bateria), cumpriram com mérito a tarefa de manter o clima já iniciado no set anterior e que foi complementado com louvor pelo público presente, com um sinestésico pedido de bis.
Jair Naves, a terceira atração da noite, invadiu o palco com uma postura no mínimo paradoxal. Iniciou sua performance de forma quase minimalista para, música a música, fermentá-la num crescendo extasiante. Suas letras, pujantes mas dóceis, viraram ácido quando ele abandonou o violão e admitiu uma postura mais rocker, como se incorporasse um xamã que se dispusesse a explorar cada milímetro do palco, uivando, pulando em meio à plateia, socando o ar, deitando no chão, assediando o público. Tudo isso, claro, orquestrado pela sua “cozinha” segura e fabulosa, formada pela baixista Helena Duarte, o baterista Mark Paschoal, e também o guitarrista Daniel Guedes e o tecladista Alexandre Xavier.
Noite completa, saio pra casa com este texto quase pronto na cabeça. Quase, pois não podia esquecer de citar os “riscos no disco” do DJ Mok, figuraça que pilotou as pick-ups no antes, no durante e no depois com segurança personalíssima e fez da pista de dança uma Disneylândia para adultos.




Noite Fora do Eixo 22/03


Noite de festa eclética na Augusta

cobertura por Coletivo Ounão: texto por Escobar Franelas | Fotos por Fernando Antunes

22:45h de uma noite tranquila e amena. Terça-feira, 22 de março, rua Augusta, Studio SP, centrão de Sampalândia. A banda Do Amor, do Rio de Janeiro, sobe ao palco, abrindo mais uma noite do Cedo e Sentado Fora do Eixo, projeto mantido em parceria com a casa.
Após a canja inicial do dj Barata, que uniu em seu set-list vários elementos musicais, a Do Amor (Gabriel Bubu (guita/voz), Gustavo Benjão (guita/voz), Marcello Calado (batera/voz) e Ricardo Dias Gomes (baixo/voz), atacou com Babydoll de Nylon, música irreverente e que deixa bem clara a proposta musical do quarteto, que é fazer um rock´n´roll brazuca despretensioso, unindo as várias possibilidades e texturas no terreno das músicas populares praticadas nesses Brasis. Egressos de grupos distintos como o Cê (que acompanha Caetano Veloso), Los Hermanos e também Lucas Santana, os músicos se dividem ao microfone, sem perder a consistência e coesão que norteiam suas apresentações.
Pausa para novas intervenções do dj da casa, e aí entrou o power trio Nevilton, do Paraná, com o próprio na guitarra e voz, Lobão no baixo, e Chapolla na bateria, exatamente no primeiro minuto da madrugada. Banda catártica que em alguns momentos lembrou-me os gaúchos Replicantes (anos 80), dominou o palco com seu rock sincero, curto, certeiro e grosso. Com uma presença de palco marcante e visceral, os músicos mantiveram o público em inquietude natural durante sua hora de show.
Nova pausa, idas ao banheiro, bar e xavecos à solta, e então, faltando quinze pras duas, com a quase bem mais lotada, a rapper Flora Matos, de Brasília, tomou o palco para si, acompanhada de das vozes maviosas  (aprenda o significado desta palavra aqui) de Karol Koncá e Karol de Souza, e do dj LX.
Sexy e insinuante, moderna e antenada, a menina-moça-mulher, flor em seus 22 anos, com domínio sossegado de sua platéia, com a qual divide suas letras cheias de sutilezas que adoçam seus raps pop-românticos. No fim, ela lançou oficialmente o clipe de “Pretin”, ótima música de sucesso garantido.

Macaco Bong e Convidados + Emicida - ARREBENTA!

 Texto por Coletivo OuNão | fotos por Brunno Marchetti e Laura Morgado
Ontem foi um dia emblemático para todos que estiveram no Studio SP para curtir Macaco Bong convida Emicida. Foi a estréia do projeto Macaco Bong Convida que acontece, a partir de agora, uma quinta-feira por mês no Studio SP.
Com os dois lados da Rua Augusta completamente abarrotados, quem chegava à porta inevitavelmente parava para perguntar na bilheteria qual era a programação da Casa, e em seguida engordava a fila que se formava na porta do Studio SP. Quem entrava dava de cara com a discotecagem do DJ Barata da Festa Criolina que mandou ótimas versões instrumentais de Rage Against the Machine e muito mais. Com propriedade, misturava diferentes vertentes em seu play list. Destaque também para uma projeção que rolava em um dos telões, onde apareciam personagens como Capitão América, Mickey Mouse e Fofão, fazendo uma dançinha muito engraçada e algumas pessoas que assistiam até arriscavam imitar a coreografia, divertidíssimo.
Enquanto o público lotava o Studio SP e dançava aos sons do DJ, sem aviso prévio Macaco Bong subiu ao palco, ainda com a luz baixa, e começou a arrumar os instrumentos. Logo no primeiro acorde o público, que lotou o lugar, recebe da banda com euforia.
Música a música, o Macaco Bong e toda sua energia, e presença de palco, hipnotizava o público e transformava a noite numa atmosfera ácida. A banda apresentou músicas novas e do antigo repertório. A relação dos músicos do Macaco Bong e seus instrumentos são de tamanha simbiose que mesmo com a correia arrebentada Bruno Kayapy – guitarrista do Macaco Bong- mandou ver com seus acordes dissonantes característicos da banda.
O primeiro convidado a subir ao palco foi o músico Astronauta Pingüim que com um sintetizador que lembrava Ermeson, Lake & Palmer, deu o tom psicodélico da noite. O público pode apreciar as performances sonoras muito bem arranjadas por esse projeto que promove diferentes diálogos musicais. Astronauta Pinguim e Macaco Bong formam um conjunto sonoro instigante, sem perder a energia tão característica da banda.
Já eram quase três da manhã quando Emicida, vestido com um terno elegante, sobe ao palco acompanhado pelo DJ Nyack. O público ovacionou o grupo, que com toda propriedade no hip hop pôs o Studio SP pra gingar ao som de batidas eletrônicas com a pegada rock do Macaco Bong, que deu um peso absurdo ao som. Rolou até uma citação instrumental de Back in Black do AC/DC, com as rimas sagazes de Emicida, seguida de uma rítmica mais “samba”, e tudo na mesma música.
Esse projeto reafirma a ideia de que a diversidade cultural e artística cada vez mais vem demonstrando suas possibilidades e força de aceitação do público. Misturas bem realizadas como esta, promovem o encontro de diferentes pessoas em um mesmo ambiente, seja ele físico como no caso dessa noite, ou em forma de discos com participações interessantes que só a contemporaneidade em que vivemos é capaz de proporcionar. Salve o projeto Macaco Bong Convida e que venham os próximos. ROCK´S!

Macaco Bong e Convidados + Emicida


Banda inaugura projeto mensal em São Paulo, show inclui participação de Astronauta Pinguim.
 
No dia 17 de março o Macaco Bong dá o pontapé inicial para o projeto Macaco Bong e Convidados no Studio SP. O projeto trará uma quinta por mês grandes nomes da música brasileira para fazer parcerias musicais e apresentações conjuntas. Para a estreia, a banda convida duas distintas referências musicais: o rapper Emicida e o produtor e fanático por moogs Astronauta Pinguim.
O projeto surgiu a partir da ideia da gravação de um disco ao vivo no Auditório do Ibirapuera no início de 2010, que contou com a participação dos metais do Móveis Coloniais de Acaju, Vítor Araújo, Siba e Jack (Porcas Borboletas). Esta união também resultou na gravação de um DVD no Palácio das Artes em Belo Horizonte.  No início desse ano o show se repetiu, dessa vez com a presença de Emicida, DJ Nyack e Guizado.
 No espetáculo “Macaco Bong e convidados” a banda apresenta canções do repercutido “Artista Igual Pedreiro”, álbum trabalhado em shows em todas as regiões do país, além de apresentações no Canadá, Argentina, Chile, Uruguai e Espanha. Na estreia do projeto no Studio SP as músicas ganharão intervenções de Astronauta Pinguim e DJ Nyack. No repertório também estão músicas de Emicida, executadas pelo trio.

Para os próximos meses o público pode esperar as mais inusitadas parcerias e sonoridades. O trio não descarta a possibilidade de novas composições com os convidados, num formato livre e expontâneo, o mesmo que vem resignificando a música brasileira, repleta de novos nomes e diferentes estéticas nos últimos anos.
O Studio SP abre as portas às 23h, a entrada custa R$ 25, que pode ser reduzida a R$ 15 fazendo parte da Lista Amiga.

Emicida

É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos. O nome “Emicida” é uma fusão das palavras “MC” e “homicida”. Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um “assassino”, e que “matava” os adversários através das rimas. Mais tarde, o rapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte). As suas apresentações ao vivo são acompanhadas do DJ Nyack nos instrumentais.

A primeira aparição do rapper na mídia – fora as batalhas de improvisação – foi o single “Triunfo”, acompanhado de um videoclipe com mais de 600 mil visualizações no YouTube. Emicida lançou seu trabalho de estreia em 2009, uma mixtape de vinte e cinco faixas intitulada, a Pra quem já Mordeu um Cachorro por Comida, até que eu Cheguei Longe…, pela gravadora independente Laboratório Fantasma. Em fevereiro de 2010, seu segundo trabalho veio em formato de EP com o título Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém.
Em 15 de setembro do mesmo ano, foi lançada a também mixtape Emicídio, adjunta a um single homônimo, pela Lab Fantasma em parceria com a Fora do Eixo Distro. Além de ser cantor, Emicida atua como repórter do programa Manos e Minas, da TV Cultura.

Astronauta Pinguim

Astronauta Pingüim iniciou sua carreira solo em Porto Alegre, no ano 2000, com um  projeto no qual fazia versões instrumentais easy-listening para clássicos e hits do rock gaúcho. O projeto virou o disco “Petiscos: sabor churrasco/switched-on Bah!” (pelo selo Pineapple Music) somente em 2004, mas as releituras recheadas de sintetizadores MOOG para canções de Júpiter Maçã, Plato Divorak e Wander Wildner, entre outros, conquistaram a crítica especializada e possibilitaram vôos mais altos para o Astronauta, como shows em outros estados do país (SP, RJ, SC, MG e PR).

No momento, além de estar sempre envolvido com os outros projetos em que participa (o Pinguim também é produtor e foi responsavel pelo primeiro CD dos Revoltz, o segundo CD de Daniel Belleza e os corações em Furia,e dos discos dos Pupilas Dilatadas e Jimi Joe), Pingüim está preparando seu terceiro disco solo, “Zeitgeist/Propaganda”, só de composições próprias e recheado de maravilhosos sons dos sintetizadores MOOG, além de outras velharias do seu acervo de instrumentos “jurássicos”.
O single “Klaatu Barada Niktu”, composto em julho de 2009 e finalizado em janeiro de 201, estará no próximo disco de Astronauta Pinguim e foi lançado recentemente na rede social Fora do Eixo.

Ouça


OBSERVATÓRIO DE MÚSICA LATINA

Ontem (11 de março) foi realizado na Casa Fora do Eixo o Observatório de Música Latina, que contou com a presença da argentina Diana Glusberg, de músicos, como a galera do Macaco Bong, e jornalistas. A casa estava cheia.

texto: revista ounão / foto: Trwmai Santana.
Após a rodada de apresentações, Diana Glusberg falou sobre a cena musical argentina, onde uma nova perspectiva de produção e circulação, somada a parcerias com casas de shows e outras frentes como o próprio Fora do Eixo, fortalece a criação de uma nova cena musical, diversificada e de intercâmbio. Esse processo passa também pelo entendimento tanto dos artistas quanto de produtores, donos de casas de shows e outros agentes promovedores de cultura local, onde a frase “Artista igual pedreiro” (Título do primeiro disco do Macaco Bong), ganha força e maior entendimento.

Sobre o intercâmbio Brasil-Argentina foi apontado o aumento no fluxo de grupos musicais circulando nos dois países, circulação esta que abrange regiões até então não privilegiadas com essas ações. Com isto, mais cidades e pessoas estão entrando em contato com novos grupos artísticos, bem como conhecendo as diferentes formas de se pensar e promover cultura que está em formação.
Outro ponto forte sobre os novos processos de intercâmbio é a entrada dos Festivais Fora do Eixo em território Argentino, como o Grito Rock e outros. Isso faz com que a cadeia produtiva de ambos os países se apresentem para públicos diversos, que são atraídos pelas bandas locais e que acabam por dar a chance dos grupos convidados de outros países de se tornarem conhecidos.

Um fato importante e levantado por Ynaiã Benthroldo – baterista do Macaco Bong – é justamente o fortalecimento da moeda brasileira perante os outros países sul-americanos que acaba por favorecer a ida de bandas independentes para fora do país, o que muitas vezes é mais barato do que circular dentro do Brasil.
As possibilidades de conexão são reais e já estão em atividade, e isto é demonstrado pelas ações do Fora do Eixo em outros países da America Latina, como o Congresso Fora do Eixo que será realizado esse ano na Argentina, o que acaba por prenunciar a internacionalização do Fora do Eixo.

As portas estão abertas para o mundo, esse é um momento único na história da cultura independente e os artistas e produtores culturais já estão atentos a essa nova realidade. O Observatório termina com um sabor de novos horizontes e grandes iniciativas estão por vir.

CEDO & SENTADO 15-03

Após 4 edições bem sucedidas no início, o Cedo & Sentado continua em março promovendo link entre Nordeste e São Paulo com shows gratuitos de Digital Groove(PE), O Sonso(CE) e Herod Layne(SP)
Após um pequeno intervalo durante as festas de carnaval (inclui-se aí o Grito Rock), o projeto Cedo & Sentado Fora do Eixo volta a preencher as terças feiras do Studio SP com música de qualidade, originária dos mais distintos cantos do Brasil. Dessa vez as atrações são Digital Groove(PE), Herod Layne (SP) e O Sonso (CE).
Vale lembrar que a entrada é gratuita e que além das apresentações musicais, o Cedo & Sentado Fora do Eixo também conta com a mixagem visual dos VJs da Filmes para Bailar e dos videomakers do Clube de Cinema Fora do Eixo, e a tradicional Banquinha Fora do Eixo, com CDs, camisetas e demais produtos de cultura independente.

Digital Groove (PE)

 O Digital Groove é um projeto coletivo-experimental iniciado em 1997. Com 13 anos de estrada, o DG desenvolve um trabalho de pesquisa de ritmos regionais inserindo-os no universo da música tecnológica. O DG investe em parcerias: Zé Neguinho do  Coco, Silvério Pessoa, Lula Queiroga,  e inovações eletrônicas como diferencial de seu trabalho, numa cidade cujo estandarte é a diversidade cultural.

o mais recente trabalho, intitulado “Manual”, o Digital Groove se une à cantora e compositora com influência do trip hop, a carioca Luana Mallet para uma parceria inusitada. Além dos riffs de guitarra de Djalma Rodrigues (Amp) e a bateria de Crika (Amp).

Um som  sofisticado e instigante, com referências nordestinas, foi a proposta de criação transitando pelo campo da world music  pouco explorado no Nordeste. O disco conta ainda com as participações Silvério Pessoa, Clayton Barros e Daniel Jobim. Não existe um ponto de partida para o Manual, ele ultrapassa a fronteira espaço-tempo. Recife/Rio, cidade/estância, tecnologia/bairrismo.

Herod Layne (SP)

Herod Layne é uma banda de post-rock instrumental formada por Sachalf (guitarras), Elson (baixo, guitarras), Lippaus (guitarras) e Johnny (bateria).
Em 2007 a banda participou do concurso “Arnold Layne”, realizado pelo Myspace em conjunto com David Gilmour (Pink Floyd), ficando em oitavo lugar mundial por votação popular. O ano de 2008 marcou o lançamento do álbum In Between Dust Conditions e do EP Walking The Valley pelo selo virtual Sinewave.
Em 2009 a banda lançou mais um EP – Sealand Fire, também pelo selo virtual Sinewave -, e fez uma turnê pelo Canadá, tocando no festival Canadian Music Week. A turnê gerou o documentário “Je Me Souviens…”, dirigido pelo guitarrista Sachalf. A banda tocou também em diversos festivais durante o ano – Festival Calango em Cuiabá, as duas edições do Sinewave Festival em São Paulo, e no Festival Extravaganza em Sorocaba.
Em 2010 lançaram seu novo trabalho, chamado Absentia. O álbum recebeu elogios de diversos veículos, como a revista Rolling Stone e os sites Scream & Yell, RockinPress e Movin’ Up. Absentia está disponível para download no site do selo virtual Sinewave.

O Sonso (CE)

Bem vindos à segunda fase da MPB elétrica. A banda cearense sintetiza bem a fusão MPB + Rock, fazendo uma “mpb elétrica” de primeiríssima qualidade. Trata-se de O Sonso.
O Sonso funciona muito bem ao vivo (o CD que eles têm ainda é uma modesta demo). As músicas intimistas e autorais já são aproximadamente quatorze, e elas serão gravadas no CD que começa a ser produzido no meio do ano.
A energia desse quinteto de sonsos ao vivo é contagiante. A voz potente e bela e as danças desengonçadas de Daniel Groove (também conhecido como “Jesus, o homem que fez milagres”). A guitarra verborrágica e virtuosa, cheia de suingue, de Rodrigo Gondim (que na adolescência tinha o apelido de “metralhadora de notas”). O teclado de texturas de Juliane Freikel, por vezes progressivo, nos lembrando os melhores momentos do Yes.
A bateria de Marcelo Dois Hum, com viradas e levadas e presença, dialogando sempre com a guitarra e nos lembrando do ritmo de Santanna quando em boa forma (coisa que anda fazendo falta, principalmente pra ele mesmo). O baixo sempre presente e eficiente do mais solidário dos sonsos: Daniel Ajudante.
Além do repertório autoral (à base de sambas, tangos, baladas…) há espaço de sobra pra músicas alheias, prestando grandes homenagens a grandes ícones da música brasileira e universal. Músicas do Balão Mágico (ou melhor, Guilherme Arantes), Beatles, Lô Borges e Chico Buarque. E a canção de Julinho da Adelaide? Embora não seja deles, é como se fosse. Arranjo e interpretação fantásticos! O quinteto tem identidade forte.

Ouça

Serviço

Fora do Eixo apresenta
Cedo & Sentado Fora do Eixo
Terça, 15 de Março, às 21h
Entrada Franca a noite toda

Shows a partir de 22h
Digital Groove (PE)
O Sonso (CE)
Herod Layne (SP)

Studio SP

Rua Augusta, 591 – Centro – São Paulo, SP
Capacidade: 450 lugares
Censura: 18 anos
(11) 3129-7040

O GRITO SP

 foto: Brunno Marchetti.
A noite começou com a intervenção cênica do grupo Santa Víscera e seu teatro A La Carte, que transformou a calçada do Studio SP, na Augusta, em um palco e fez transeuntes e até motoristas de ônibus pararem para apreciar as performances. A ideia do grupo é distribuir um cardápio para público, cada pessoa tem o direito de escolher uma cena que o grupo representa na hora. Uma ótima abertura que prenunciava o que ia vir pela frente.
Abrindo os trabalhos da casa, o vocalista do Cérebro Eletrônico, Tatá Aeroplano, discotecou para o publico que foi enchendo a pista e aquecendo para uma noite bem diversificada. O primeiro a subir ao palco foi Daniel Peixoto, com um visual exótico e músicas que misturam desde o ritmo do funk carioca, à música eletrônica com guitarras distorcidas. Sem dúvida é um som de muita personalidade, cantado em português e inglês, com muita energia e a característica performática de Daniel Peixoto que agradou muito o público do Stúdio SP.
Entre as trocas de bandas, as pessoas podiam passear pela banquinha montada pelo Fora do Eixo, onde CD´s, camisetas, bonés e revistas estavam à disposição. Destaque para o Zine OrFEL, lançado pela Fora do Eixo Letras, a primeira ação dessa frente que promete causar interferências na literatura contemporânea.
O segundo grupo a subir ao palco foi o Kumbia Queers formado só por garotas argentinas e mexicanas. Sem dúvida uma apresentação com muita energia, ritmo dançante e uma versão de Iron Man, do Black Sabath, que muitos com certeza nunca haviam visto. A presença de palco das garotas fez o Studio SP dançar ao ritmo da rumba, com guitarras e outros adendos eletrônicos. Parabéns ao grupo e que voltem sempre!
Encerrando a noite com uma banda repleta de bons músicos, o cantor Rael da Rima trouxe todo o swing e brasilidade ao Festival. Com uma pegada de hip hop, reggae e influências de samba rock o cantor manteve a atmosfera dançante, que foi um dos pontos fortes da noite. Assim encerra-se a edição do Grito Rock SP 2011 com uma boa expectativa para as próximas edições.

Cobertura Grito Rock SP - OBSERVATÓRIO

Ontem rolou em São Paulo o Festival Grito Rock, com uma noite pra ninguém botar defeito, no Stúdio SP.
 foto: Brunno Marchetti.
Antes das bandas entrarem no palco aconteceu o 1º Observatório, realizado na Casa Fora do Eixo e, diga-se de passagem, trata-se de um local que cria uma atmosfera de muita diversidade, informação e de troca entre diferentes agentes culturais. Pra quem ainda não conhece, cola no pico pra se inteirar mais sobre essa proposta que chega com muita propriedade em São Paulo quando o assunto é cultura independente.
Logo de cara, no Observatório, a equipe do Circuito Fora do Eixo (FDE) se encarregou de apresentar toda sua proposta. Eventos, comunicação, agência, cineclube, que ao longo dos anos vem crescendo e transformando a forma de se pensar e produzir arte no Brasil. Vertentes como teatro, vídeo e letras vêm ganhando cada vez mais espaço dentro do Circuito.
O observatório serve como um instrumento de formação, no sentido da troca de experiências e informações. Divulga novas possibilidades de fomento artístico e expõe as intenções e perspectivas do Circuito, que nesse momento está totalmente aberto a propostas. O intuito da Casa Fora do Eixo é realizar encontros semanais como este, para trazer a cadeia produtiva da cidade para perto e assim criar pontes de conexão com diferentes frentes que atuam no cenário artístico de São Paulo.

Para quem ainda não conhecia o FDE, o observatório serviu como um prato cheio de importantes informações. Discutiu-se como pessoas e entidades estão pensando a produção artística brasileira, em termos de circulação, distribuição e comunicação.
O evento contou com artistas, produtores e outros agentes, como a galera do Toque no Brasil, da ABRAFIN e do PCult. Destaque para esse último, que esclareceu ao público presente e via web o que ele é. Segundo Leo (representante do  PCult) “o PCult não é um partido, ele tem esse nome como uma provocação. O PCult é um grupo de pessoas que atua em prol da cultura e que se relaciona diretamente com o poder público”.
Todos que participaram do encontro saíram com muitas coisas na cabeça e com certeza vem muita coisa bacana por aí. Que venham mais observatórios.

GRITO ROCK SP

Festival que promove experiência colaborativa única no mundo acontece no sábado 5 de março no Studio SP. Programação inclui observatório de formação e artes integradas.

Realizado há nove anos no Brasil, o Grito Rock chega em 2011 com o o impressionante número de 130 cidades realizadoras em 10 países: Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Panamá, Costa Rica, Honduras, El Salvador e Estados Unidos.
Em São Paulo, o festival acontece dia 5 de março e anuncia hoje as primeiras atrações. De Buenos Aires, o sexteto feminino de punk tropical Kumbia Queers. De Iporanga (Zona Sul de São Paulo), o rapper Rael da Rima.  E do sertão do Ceará, o artista Daniel Peixoto com seu pop tropical. Durante a próxima semana, o Grito revela a grade completa das artes integradas e do programa de formação do Observatório Fora do Eixo.
Em São Paulo, o Grito Rock acontece pela 4ª vez e nesta edição será produzido pela Casa Fora do Eixo São Paulo, que também lidera os projetos Cedo & Sentado (às terças), Macaco Bong Convida e Noite Fora do Eixo.

Kumbia Queers (Argentina, México)

A Kumbia Queers nasceu na Argentina em 2006 e traz seis meninas em sua formação: Ali Gua Gua (voz e güiro – tipo de reco-reco), Flor Linyera (teclado), Inespector AKA Pichi (bateria), Juana Chang (charango), Pat Kombat Rocker (baixo) e Pila Zombie Jackson (guitarra e coros).
A banda foi formada quando punk rockers quiseram adicionar um toque menos formal, menos duro e menos misógeno à cena de rock que elas experimentavam na América Latina. Ali, que toca nas Ultrasónicas (o mais selvagem coletivo punk do México) convidou as She Devils (a mais selvagem banda de punk rock de Buenos Aires) para experimentar as possibilidades de seus sons e melodias.  Meio que na brincadeira, elas começaram a tocar covers de músicas que sabiam de cor, adicionando uma pitada de cúmbia (tradicional ritmo latino) e adaptando as letras com sua divina poesia queer repleta de ironia, clichês românticos e muito humor.
Com o tempo as Kumbia Queers passaram a criar suas próprias músicas que atualmente já ganharam destaque durante intensas turnês realizadas na Argentina, México, Chile, Canadá e Estdos Unidos. Seu primeiro lançamento, “Kumbia Nena!”, traz canções autorais e conta também com 5 versões de The Cure, Black Sabbath, Nancy Sinatra e Madonna.
No Brasil, além de se apresentar no Grito Rock também tocam no elogiado festival Rec Beat, que acontece durante o Carnaval em Recife.

Rael da Rima (São Paulo)

Rael da Rima está há 10 anos no Rap, mas a música está em sua vida desde a infância com influência do pai multi-instrumentista, mãe cantora (ambos, autodidatas), passando por banda cover dos Racionais, fanfarra da escola e aulas de violão com primo. Desde os 16 compõe, mas foi a partir dos 22 que as canções ganharam o tom realmente autoral – nascidas da inspiração melódica antes mesmo da rima (o apelido que virou alcunha está lado-a-lado com a melodia, como ele mesmo costuma afirmar).
Natural do bairro de Iporanga (zona Sul de São Paulo), Rael da Rima tem no currículo dois discos lançados com o Pentágono, participações em trabalhos de alguns dos expoentes mais proeminentes do rap nacional (Sombra, Kamau, Emicida e Slim Rimografia, entre outros) e, em especial, o convite para integrar o seleto hall de artistas que estiveram no programa “Som Brasil – Homenagem a Vinícius de Moraes”, exibido pela Rede Globo em 2007, fazendo releituras de clássicos do “Poetinha”.  Rael também participou do seriado global “Antonia”, dirigido por Tata Amaral e que foi ao ar em 2007, e teve a rotina filmada durante 24 horas para o documentário “Global Lives”, do norte-americano David Evan Harris.

Daniel Peixoto (Ceará)

Natural do sertão do Ceará, Daniel estudou canto, piano e teatro ainda em sua cidade natal, Crato, a 600 km da capital Fortaleza, se aventurou pela rádio, apresentou dois programas na TV local Cearense, trabalhou como modelo da agencia Ford Models ate voltar a sua maior paixão, a música.  Em janeiro de 2005 Daniel Peixoto formou sua Montage, a primeira banda de Electro Rock do Nordeste Brasileiro, o projeto migrou de Fortaleza para São Paulo no início de 2006, e lançou o primeiro álbum que pelo selo Segundo Mundo, do produtor Dudu Marote, com fotos de Manuel Nogueira e figurinos de Lino Villaventura.
Montage foi citada pela revista BIZZ como a banda que faltava há, no mínimo, 18 anos e eleito o “melhor show do Brasil” pela da Folha de SP tanto em 2005 como em 2006. Participou de festivais como Skol Beats, Tim Festival, Abril pro Rock, Mada, Machina Festival, Ceará Music, Rec Beat, Goiania Noise e das duas últimas edições do Campari Rock. Entre outros feitos, vale citar que foram a 1ª banda da América Latina a ter um show virtual no Second life, tocaram em todos os estados Brasileiros e em outros países do mundo, venceram os premios “London Burning – Melhor artista de 2007″ e “HellCity – Melhor Show de 2008″ ambos por juri popular, ingressaram no cinema com o filme “Augustas” de Francisco Cesar Filho, atuando e colaborando com a trilha sonora, ultrapassaram as barreiras da música, fazendo shows em galerias de arte, exposições e desfiles de moda.
Em 2009, na mesma época em que era elogiado por ninguém menos Justin Timbalake em seu site pessoal, Daniel encerra os trabalhos com o Montage e convocou um time de produtores para dar uma nova roupagem a sua sonoridade e toca acompanhado por nomes como Killer on the Dancefloor, Discokillah, Dj Chernobyl. Todos seus novos produtores musicais. Os backing vocals ficam por conta da atriz e cantora Thalma de Freitas. O som fica mais pop e Daniel apresenta o novo pop tropical.
Daniel teve sua estreia oficial na carreira solo abriando a turnê brasileira da maior banda de musica eletrônica do mundo, os Ingleses do The Prodigy. Convidado pela parada gay de SP (já a maior do mundo) Daniel gravou o tema oficial da parada 2010 e fez a faixa “Sinta o amor em mim” cantando a musica ao vivo para 3.5 milhões de pessoas durante o evento em um trio eletrico que levou seu nome e teve um line up repleto de novos nomes da cena eletronica brasileira.
Daniel se prepara para lançar seu álbum de inéditas intitulado “Mastigando Humanos” e mesmo inédito ja arrancou elogios de mídias como as revistas Rolling Stone e MixMag, Jornal Estadão e sites internacionais como o Maddecente do Dj diplo de Nova York e Jungle Drumms de Londres.

Tatá Aeroplano (São Paulo)

Tatá vem de Octávio. Aeroplano, porque ouviu muito Jefferson Airplane e também porque vive sempre nas alturas. Octávio nasceu em Bragança Paulista. Mas Tatá nasceu Aeroplano em São Paulo, fruto do coquetel multicultural desta metrópole babilônica. Músico, instrumentista e compositor compulsivo, atua em seis bandas da nova cena musical paulistana: Cérebro Eletrônico, Jumbo Elektro, Zeroum, Frame Circus, Luz de Caroline e Elétrons Medievais.
Aeroplano sempre anda de chapéu ou boina, faça chuva ou sol. É assim que caminha pela cidade, andarilho urbano por princípio, é nas ruas de São Paulo que encontra inspiração para temas de sua letras e sonoridade para suas composições. A rua 25 de março é a sua preferida. É lá que pesquisa e compra seus brinquedinhos sonoros (apitos, cornetas, celulares e pianos de crianca) que viram instrumentos musicais em suas canções, assim como outros artefatos como extintores de incêndio e biribas.

Observatório Fora do Eixo

Etapa do festival em que o principal intuito é promover debates sobre o cenário cultural contemporâneo, além de colocar em contato os mais diversos atores da cadeia produtiva da música, como artistas, redes sociais, associações e produtores.

Grito Rock: Histórico

Fomento e profissionalização da cena independente da música foram as forças motrizes que fizeram nascer em Cuiabá (MT) a primeira edição do Grito Rock, em 2003, quando o Espaço Cubo escolheu o período de Carnaval para a realização de um festival de baixo orçamento e com possibilidade de auto-gestão. Em 2004, deu-se intercâmbio em nível regional. Nos anos seguintes, o delineamento programático evidenciou-se ainda mais com a intensificação do intercâmbio e interiorização das ações.
Em 2007 e 2008, o evento é adotado como um dos projetos do Circuito Fora do Eixo. Na ocasião mais cidades entram na gestão. No primeiro ano, foram mais de 20 cidades integradas a rede do projeto; em 2008 o número saltou para 50. Em 2009, o Grito Rock atinge a marca de mais de 60 cidades e, em 2010, 80 pontos fizeram parte dessa rede.

Serviço:

Grito Rock São Paulo
Sábado, 5 de março
Shows:
a partir de 22h, R$25 (R$15 na lista amiga)
Studio SP – Rua Augusta, 519
Kumbia Queers (Argentina)
Rael da Rima (São Paulo)
Daniel Peixoto (Ceará)

Observatório:
18h, entrada gratuita
Casa Fora do Eixo – Rua Scuvero, 282

Fora do Eixo Letras lança OrFEL durante Grito Rock

O fanzine chega para possibilitar que as palavras sigam o rumo das notas musicais, acordes, baquetas, ximbaus, palhetas e cases nos mais de 130 pontos onde acontece o Festival.

Em fevereiro, a FEL - Fora do Eixo Letras - lança seu primeiro fanzine, OrFEL, uma publicação que contém prosas e poesias de diversos escritores ligados, ou não, ao
Circuito Fora do Eixo. O fanzine possui representantes de todas as regiões do país e pode circular nos formatos on line, através de sua versão para leitura, e impresso, através de uma versão própria para impressão, em todos os pontos onde acontece o Festival Grito Rock América Latina.


No total, foram mais de 100 trabalhos inscritos para o fanzine, que reúne 14 autores selecionados por uma curadoria formada pela FEL e pelo Núcleo de Poéticas Visuais. A relação entre estas duas frentes do Circuito Fora do Eixo favorece a discussão sobre a literatura e as artes visuais, bem como demais núcleos artísticos, como o AudioVisual e o Clube de Cinema, buscando compreender a cadeia produtiva das linguagens artísticas para pluralizar conceitos e democratizar seu acesso.

Conheça OrFEL

Acreditando que toda palavra tem seu sentido construído socialmente, OrFEL espelha alternativas elaboradas coletivamente e se apresenta como uma forma de produção, circulação e divulgação de obras para as cidades onde ocorre o Festival Grito Rock 2011. O manual de distribuição elaborado pela FEL para facilitar a circulação das versões online e impressa do fanzine você encontra neste link.


O primeiro Grito de OrFEL

O primeiro destino de OrFEL foi Manaus/AM. O Grito Rock produzido pelo Coletivo Difusão viabilizou 40 fanzines impressos para o festival. Além disso, ele também foi declamado durante as noites do evento que aconteceu de 16 a 20 de fevereiro. “Como nosso primeiro fanzine, a responsabilidade é grande, mas posso dizer que o OrFEL circulou aqui lindamente”, conta Lídia Damasceno, do núcleo de cênicas do coletivo. A integrante da FEL fala também sobre a sensação de apresentar o fanzine para o público. “É incrível a sensação de ver o fanzine circulando no Grito de sua cidade, ao mesmo tempo em que mostra um pouquinho de cada pedacinho do Brasil”, complementa.

Grito Rock Manaus : O primeiro a circular o fanzine

 
Os autores de OrFEL

OrFEL conta com autores de todas as regionais ligadas ao Circuito Fora do Eixo, o Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste SP/RJ, Sudeste MG/ES e Sul. Entretanto, há autores de fora do circuito que também fazem parte do fanzine. Seu conteúdo preza pela singularidade e diversidade estilística, gerando uma sútil sensação de tournê dos autores e de suas palavras durante o Festival Grito Rock.

Dentre os estados participantes, Minas Gerais se destacou como o que mais enviou obras para a curadoria. Entretanto, além dos talentosos mineiros, vários sotaques literários, sabores e sintomas proporcionam aos leitores uma visão para além da palavra-livro.

Entre as folhas de OrFEL é possível encontrar, por exemplo, a poesia da bahianinha Brisa Moura, de apenas 16 anos, escolhida para representar a Regional Nordeste. E, apenas algumas páginas a frente, a prosa de Maryllu Caixeta, doutoranda em estudos literários pela Unesp de Araraquara/SP e autora do livro Leros e Boleros, uma das representantes da Regional Sudeste SP/RJ.


Conheça os autores selecionados para o fanzine OrFEL:

Regional Norte:

- Jenifer Nunes - Coletivo Palafita - Macapá/AP
- Kaline Rossi - Coletivo Catraia - Rio Branco/AC


Regional Nordeste:

- Brisa Moura - Jequié/BA
 

Regional Centro-oeste:
- Waller Chaves - Goiânia/GO

Regional Sudeste RJ/SP:

- Fabiana Ribeiro - Araraquara/SP
- Clara Mancuso - Coletivo Ajuntaê - Campinas/SP
- Maryllu de Oliveira Caixeta - Araraquara/SP


Regional Sudeste MG/ES:

- Crys Marques - Coletivo Corrente Cultural - Poços de Caldas/MG
- Renan Moreira - Coletivo Corrente Cultural - Poços de Caldas/MG
- Luis Fernando Resende - Uberlândia/MG
- Marco Antonio Neri - Coletivo Namarra - Santa Luzia/MG
- Leon Aguiar - Uberlândia/MG

Regional Sul:

- Neo One Eon - Movimento Soma - Porto Alegre/RS
- Isabela Cunha - Coletivo Alona - Londrina/PR

Fora do Eixo Letras

A FEL - Fora do Eixo Letras - é a frente temática do Circuito Fora do Eixo que reúne escritores, fanzineiros, artistas visuais, músicos, acadêmicos e leitores interessados em compreender a cadeia criativa e produtiva da palavra em suas diversas formas - escrita, falada, visual, sonora e multimídia.

Seus primeiros passos foram dados durante o III Congresso Fora do Eixo, em outubro de 2010, na cidade de Uberlândia (MG). A partir de então, começou a articulação de seus membros para o reconhecimento e mapeamento de livros, fanzines, clubes de leituras, festivais, iniciativas literárias e demais trabalhos realizados pelos Coletivos e por outros atores sociais, buscando confrontar experiências locais e visualizar horizontes em comum. A elaboração e circulação do fanzine OrFEL é a primeira ação do Fora do Eixo Letras, definida em seu planejamento para 2011.
Licença Creative Commons
A obra OrFEL de Fora do Eixo Letras foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Proibição de Obras Derivadas 3.0 Não Adaptada.

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